A NIQ Ebit lançou a 49ª edição do relatório Webshoppers, reconhecido como a principal fonte de informações sobre o comércio eletrônico no Brasil, oferecendo insights importantes sobre o cenário do e-commerce no país.
Os dados referem-se ao ano de 2023 e abrangem diversos aspectos, incluindo a situação geral do comércio eletrônico no Brasil, as principais categorias de produtos de rápido movimento, os padrões de consumo relacionados aos aplicativos de entrega, e muto mais.
Em síntese, o relatório destaca que o comércio eletrônico brasileiro continua em constante crescimento, registrando aumento nas vendas. As categorias de produtos de rápido movimento continuam sendo dominantes, e a principal motivação de compra para os consumidores é agora abastecimento e reposição.
Além disso, as empresas que operam exclusivamente on-line estão se destacando, especialmente nas categorias de produtos de rápido movimento. Em meio a uma jornada de desenvolvimento e adaptação, os consumidores valorizam a confiança e uma experiência de compra positiva.
Alguns pontos-chave destacados no relatório:
- O e-commerce brasileiro gerou aproximadamente R$ 255 bilhões em 2023, representando um aumento de 0,7% em relação ao ano anterior e consolidando-se como o segundo maior canal de vendas.
- Houve uma mudança significativa nos hábitos de consumo dos brasileiros on-line, com a principal “missão de compra” sendo abastecimento e reposição, superando promoções, ocasiões especiais e compras por urgência.
- O setor de alimentos e bebidas foi um dos destaques do ano, liderando tanto em número de consumidores ativos quanto em intenção de compra. O relatório também identificou as empresas mais lembradas nesse segmento, sendo elas: iFood (23%), Amazon (16%), Carrefour (12%), Mercado Livre (10%) e Pão de Açúcar (8%).
- Os negócios exclusivamente digitais tiveram um crescimento de 24%, enquanto os modelos híbridos caíram 33,5%.
- A categoria de alimentos apresentou um desempenho acima da média, com o valor médio da compra aumentando 48,7% em relação ao ano anterior.
Hábitos de consumo dos brasileiros
Os hábitos de consumo dos brasileiros em relação aos aplicativos também foram investigados no relatório Webshoppers, revelando que 13% dos entrevistados utilizam apenas aplicativos para fazer compras on-line, 23% preferem sites e 64% utilizam ambos os canais.
Em relação às tendências de consumo, o relatório destaca que 50% dos consumidores afirmam ser influenciados por publicidades nas redes sociais. As categorias mais influenciadas por essa publicidade incluem moda e acessórios (44%), eletrônicos (41%), perfumaria e cosméticos (35%), eletrodomésticos (31%) e informática (30%). Além disso, o Instagram e o Facebook são as redes sociais mais utilizadas pelos consumidores entrevistados, com 82% e 64% respectivamente, acessando pelo menos uma vez por dia.
Números importantes para os proprietários de e-commerce
Por fim, o relatório destaca algumas observações importantes para os proprietários de e-commerce, como:
- 55% dos consumidores temem fraudes e golpes online.
- 38% dos visitantes dos sites chegam lá por recomendações diretas.
- 68% consideram avaliações de produtos importantes.
- 52% abandonam suas compras devido a mudanças de preço na finalização do carrinho.
- 47% valorizam a opção de comprar on-line e retirar na loja.
- 48% consideram a falta de informações sobre produtos, preços ou condições como um obstáculo.
Uma análise de mercado adicional aponta que, apesar dos avanços econômicos em 2023, com um aumento de 2,9% no PIB e uma inflação de 4,62% (o menor nível desde 2020), o ano de 2024 apresenta desafios, com uma expectativa de crescimento de apenas 1,7%, uma renda média abaixo de R$ 3 mil e uma taxa Selic elevada de 11,25%, aumentando o custo do crédito e afetando os 71 milhões de brasileiros inadimplentes.