Espírito Santo conta com uma das maiores estruturas de armazéns do País

O que vem tornando o Espírito Santo um dos lugares mais atrativos para a instalação de empresas e centros de distribuição de mercadorias? Além da localização privilegiada; malha logística completa, com portos, rodovias e ferrovias; solidez fiscal e de incentivos tributários que recentemente foram renovados até 2032, um ponto forte do Estado é a grande concentração de galpões logísticos.

Hoje são mais de 2 milhões de metros quadrados de galpões/armazéns prontos. E a expectativa é de que, até o final deste ano, mais 1 milhão de metros quadrados seja entregue, principalmente nos municípios de Vila Velha, Serra, Cariacica e Viana, o que representa uma ampliação de 50% da área já instalada em termos de investimento.

Os dados do Sindicato do Comércio Atacadista Distribuidor do Espírito Santo (Sincades) apontam ainda que o setor possui 1.800 empresas no Estado, fatura R$ 100 bilhões por ano, emprega 50 mil pessoas e cresce a uma média anual de 10%.

Outro atrativo, principalmente para empresas que operam com importação e exportação, é a estrutura dos portos secos. Os três em operação no Espírito Santo, também conhecidos como Estações Aduaneiras Internas (EADIs), possuem, juntos, mais de 1,5 mil metros quadrados de área de armazenagem e correspondem a 15% do total da área alfandegada no Brasil.

Desta forma, segundo o Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Espírito Santo (Sindiex), a retroárea capixaba é a maior em área contígua entre as unidades federativas. Na armazenagem de paletes em regime aduaneiro e por tipo de negócio, por exemplo, os portos secos do Estado possuem 74.054 posições. Em armazéns gerais, são 15.600 posições. Para veículos e máquinas em pátio aduaneiro, 43.700. Somada a toda essa infraestrutura, as EADIs estão a 10 quilômetros do aeroporto de Vitória e a 24 quilômetros do complexo portuário.

Finanças

Além da estrutura logística bem desenvolvida, com diversas opções de armazéns, portos e rodovias, do fácil acesso e escoamento para as regiões sul, sudeste, nordeste e centro-oeste do País, atingindo 60% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em um raio de até 1.200km, o Espírito Santo oferece um dos melhores custos logísticos do Sudeste, apresentando os melhores incentivos fiscais do País para empresas do ramo atacadista, e-commerce e para quem trabalha com importação, através do Compete, Invest, Fundap, entre outros.

Em linhas gerais, o Compete-ES é um programa de desenvolvimento e proteção à economia que prevê, através das Leis Nº 10.568 e 10.574/2016, uma redução de até 90% do ICMS para empresas do comércio eletrônico e atacadista. Já o Invest e o Fundap são benefícios fiscais para empresas que trabalham com importação e abrangem algumas questões como: diferimento do pagamento do ICMS, isenção do ICMS nas operações não abrangidas pelo diferimento, crédito presumido nas operações interestaduais, redução de base de cálculo do ICMS e estorno de débito fiscal.

Pelo menos mais um dado traz segurança: o Espírito Santo é o estado com maior solidez fiscal do Brasil, segundo o Ranking de Competitividade dos Estados 2020, elaborado pelo Centro de Liderança Pública. Dono de uma Nota A em gestão fiscal desde 2012 pelo Tesouro Nacional, recebeu 100 pontos em solidez fiscal, quase 20 pontos a mais que o segundo colocado.

Uma empresa que enxergou todo esse potencial do Estado foi a Arezzo. Em 2016, a mineira instalou um Centro de Distribuição em Cariacica, na Rodovia do Contorno, para permitir o fortalecimento da companhia na cobertura do território nacional. Agora, vai se mudar para um armazém gigante, no mesmo município, para comportar o tamanho da sua operação, que cresceu muito de lá para cá. A previsão é de que a operação, no novo espeço, comece em janeiro de 2023. O Grupo Arezzo&Co é detentor de marcas como Schutz, Anacapri e Vans e um dos maiores no setor de vendas de calçados, bolsas e acessórios femininos do Brasil.

Por tudo que foi apresentado, percebe-se, assim, que posicionar o estoque em solo capixaba faz com que as empresas consigam atender grande parte do seu público consumidor de forma rápida e econômica, se comparado a outras regiões.

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