As empresas de e-commerce assumem, cada vez mais, um papel crucial na economia global, com as compras on-line tornando-se um modo de vida. Mas, com essa conveniência, surge também a necessidade de proteger os dados pessoais dos clientes. No Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) exige que as empresas sigam rigorosos protocolos, assim, além de uma exigência legal, ela é também uma oportunidade para construir confiança e lealdade dos clientes.
Empresas que investem na proteção dos dados não apenas evitam penalidades, como fortalecem sua reputação e estabelecem bases sólidas para relacionamentos duradouros com os clientes. Dessa forma, a LGPD é um guia para práticas comerciais éticas e responsáveis, garantindo que o e-commerce prospere enquanto protege o bem mais valioso de todos: a privacidade dos indivíduos.
O que uma empresa deve fazer para se adequar à LGPD?
A adequação à LGPD é um processo multifacetado que demanda diligência e comprometimento. As empresas devem:
1 – Mapear dados: compreender que dados são coletados, armazenados e processados.
2 – Consentimento transparente: obter consentimento claro e específico dos clientes para processar seus dados.
3 – Segurança de dados: implementar medidas robustas para proteger informações pessoais contra acessos não autorizados.
4 – Resposta a incidentes: desenvolver planos de resposta a violações de dados, comunicando incidentes às autoridades e às partes afetadas.
5 – Cultura de conformidade: estabelecer uma cultura de conformidade, treinando funcionários e monitorando constantemente práticas internas.
Cinco obrigações que a LGPD exige das empresas
Consentimento transparente: utilize linguagem simples e clara nos pedidos de consentimento, permitindo que os usuários optem por não compartilhar dados. Isso fomenta a confiança do cliente e evita litígios por consentimento inadequado e multas substanciais por falta de consentimento ou consentimento inadequado.
Segurança de dados: criptografe dados sensíveis e implemente firewalls e soluções antivírus atualizadas. Com isso, é possível proteger a reputação da empresa e evitar danos à reputação, além de multas significativas por violações de dados.
Acesso e portabilidade: permita que os usuários acessem e movam seus dados facilmente. Estabeleça processos claros para solicitações de dados. Isso aumenta a confiança do cliente na transparência da empresa e evita a perda de clientes por falta de transparência ou dificuldade em acessar dados.
Retenção limitada: estabeleça políticas claras de retenção de dados e exclua dados quando não forem mais necessários. Com isso, sua empresa reduz custos de armazenamento e facilita a gestão de dados, evitando penalidades por retenção excessiva ou uso inadequado de dados.
Responsabilidade: nomeie um encarregado de proteção de dados e realize auditorias regulares de conformidade para demonstrar compromisso público com a proteção de dados e ficar longe das multas pesadas por falta de conformidade contínua ou negligência.